Ela estava mal; triste, magoada, chateada, braba, mas não sabia o que fazer a respeito. Então ela fingiu. Acordou no dia seguinte como se não tivesse chorado a noite, como se não tivesse acordado com os olhos inchados. Quando via alguém na sua casa, sorria; não precisava esconder o rosto -estava camuflado por um quilo de maquiagem barata. Quando ficava sozinha, sorria também, não podia se dar ao luxo de alguém a pegar desprevenida e perguntar "por que?". Acabou enganado os outros, não era mais tão difícil, ela já estava acostumada. Mas, principalmente, também acabou se enganando, pois de tanto fingir que estava bem, ela acabou mesmo ficando bem, deixando a sua dor guardada no fundo do coração. E ninguém percebeu que naquele dia ela estava mal, como o esperado.
O estresse é algo que atormenta a vida de todos, principalmente quando estamos sobrecarregados de deveres para fazer. É tanta coisa a fazer que já é difícil saber por onde começar, imagina então ter vontade para tudo. E depois de algumas horas de enrolação por não saber o que fazer, acaba acontecendo o esperado não desejado: o arrependimento por ter tanta coisa para fazer em muito pouco tempo e não ter feito nada ainda. Noites de insônia, nervosismo de dia, ansiedade quando não se está fazendo o necessário, irritação. Depois de tudo isso você está tão cansada que acaba fazendo os deveres de um jeito ruim. Ah, e como se já não bastasse a pressão que você mesmo está exercendo sobre você, tem as pessoas ao seu redor que dão uma "ajudazinha". O importantre é saber se controlar, ser organizada e acima de tudo relaxar. Se deixar o estresse tomar conta de sua vida ele será como uma droga, difícil de se livrar e fácil de se deixar levar. Ter controle sobre seus atos é ter conciência do que se deseja fazer e do que se está fazendo. Algumas pessoas são mais vulneráveis ao nervosismo, outras nem tanto, o importante é se conhecer e saber escolher a melhor receita da felicidade. Pequenos problemas não devem afetar grandes deveres.
